A JBS foi questionada pelo Greenpeace em 4 de janeiro a respeito de seu processo de compra de matéria-prima. A partir de uma análise superficial de informações sobre a Companhia, a ONG apresentou conclusões que se revelaram equivocadas.
Em nome da transparência, apresentamos a seguir um resumo das respostas enviadas à ONG, bem como a íntegra da correspondência entre JBS e Greenpeace, incluindo esclarecimentos detalhados sobre cada caso elencado.
Realizamos análise individual das propriedades listadas pelo Greenpeace e assegurarmos que 100% das fazendas que comercializaram matéria-prima com a Companhia estavam em conformidade com todos os pré-requisitos da Política de Compra Responsável da JBS no momento da compra.
A JBS solicitou ao Greenpeace informações fundamentais para que pudesse avaliar em detalhe os dados apresentados. Ocorre que, em 6 dos 18 casos elencados, sequer foi apresentada qual seria a suposta irregularidade. Nos demais, as suspeitas levantadas se baseiam em critérios que não constam da legislação brasileira, nem dos protocolos de compra do setor aprovados pelo Ministério Público Federal (www.boinalinha.org).
Em um desses casos, o raciocínio do Greenpeace desafia a lógica: a ONG associa compras realizadas pela JBS em 2018 e 2019 aos incêndios no Pantanal, que ocorreriam apenas um ano depois, em 2020. Além disso, o Greenpeace acusa um fazendeiro, que não é fornecedor da JBS, de ser um dos responsáveis por essas queimadas, com base apenas em uma “busca online”, conforme relato da própria ONG.
A JBS repudia qualquer agressão ou violência contra o meio ambiente. Para buscar esclarecer o caso, mesmo não havendo registros de tal pecuarista nas bases ativas de fornecedores da JBS, foi possível verificar, também com uma “busca online”, que o inquérito está em fase pericial.
Entre os casos analisados pela ONG, há também fazendas que não venderam à JBS. O Greenpeace negou-se a fornecer as supostas evidências que possui em relação a elos anteriores da nossa cadeia produtiva, o que permitiria à Companhia aprimorar seu processo de due diligence.
A JBS está enfrentando o desafio de viabilizar o monitoramento de todos os elos de sua cadeia produtiva, assim como já faz com seus fornecedores. Nosso sistema de monitoramento utiliza imagens de satélite, dados georreferenciados das fazendas e informações de órgãos de governo como base para a análise diária de mais de 50 mil fazendas de gado. O monitoramento já levou ao bloqueio de 9 mil propriedades por desrespeitar critérios socioambientais.
A ONG contribuiria de forma muito mais relevante com a proteção do meio ambiente se utilizasse as informações às quais alegou ter tido acesso, pressupõe-se que legalmente, para prevenir as compras de produtores que não atendam a critérios socioambientais.
A implementação de políticas de sustentabilidade em cadeias de produção complexas como a da carne bovina no Brasil é um grande desafio, que só pode ser plenamente vencido a partir do trabalho conjunto e comprometido de todos os interessados.
Confira a seguir a íntegra dos documentos:
04/01/2021 – Carta e planilha de casos para análise enviadas pelo Greenpeace à JBS.
11/01/2021 – Carta da JBS com pedidos de esclarecimentos ao Greenpeace.
12/01/2021 – Carta do Greenpeace em resposta à JBS.
14/01/2021 – Carta da JBS e planilha de casos analisados enviadas ao Greenpeace.