Para garantir que as fazendas envolvidas em desmatamento não façam parte da sua cadeia de fornecedores, a JBS vem trabalhando ativamente ao lado de outras partes interessadas para desenvolver estratégias setoriais que possam ser aplicadas em toda a indústria de carne bovina na Amazônia.
Uma dessas estratégias é o programa “Boi na Linha”, desenvolvido pela JBS em parceria com o Ministério Público Federal e a ONG brasileira Imaflora e que visa definir critérios e regras técnicas para o monitoramento de fornecedores de gado. Desde o dia 1º de julho de 2020, todos os processadores que são signatários dos TACs (um acordo legal com o Ministério Público Federal) e operam nos estados da Amazônia Legal precisam seguir a iniciativa.
Um dos critérios de monitoramento do programa é um “índice teórico” de produtividade do gado por hectare/ano. Esse índice deve ser utilizado pelos processadores para avaliar seus fornecedores, a fim de identificar casos suspeitos de “lavagem de gado” – fenômeno relativamente recente, que ocorre quando um produtor de gado cuja fazenda possui um embargo ambiental do IBAMA por desmatamento ilegal usa uma terceira fazenda para fornecer seu gado para as unidades de processamento.
A lavagem de gado vem ocorrendo porque os fornecedores que têm vínculos anteriores com o desmatamento em suas fazendas agora encontram cada vez mais obstáculos para vender seu gado devido a ações setoriais já implementadas pelo Ministério Público Federal com o apoio da JBS e de outros processadores. Embora ainda seja um desafio a ser superado, esse é um resultado das mudanças estruturais positivas que estão ocorrendo na governança socioambiental das cadeias de suprimentos de carne bovina na Amazônia.
O índice teórico e as novas regras de monitoramento
O índice teórico é a ferramenta usada pelo programa para calcular se uma fazenda fornecedora de gado tem produtividade acima da quantidade máxima estabelecida de três cabeças de gado por hectare/ano. Se uma fazenda exceder isso, é necessário verificar se há um sistema de produção de alta produtividade, como um confinamento, semi-confinamento ou capacidade de suplementação alimentar que possa justificar a produtividade alcançada. Caso contrário, a JBS e outros processadores devem interromper todas as negociações com essa fazenda fornecedora até que sejam apresentadas evidências da existência de um sistema de produção que justifique a alta produtividade.
Além do índice teórico de produtividade da pecuária, os processadores devem seguir novas regras para o monitoramento de fornecedores que exigem o uso de ferramentas de geomonitoramento para analisar as áreas embargadas pelo IBAMA devido ao desmatamento ilegal. Com base na análise geoespacial, se a propriedade se sobrepuser a áreas embargadas, ela deve ser bloqueada e nenhuma compra de gado pode ser feita. A JBS já segue essa abordagem usando o seu robusto sistema de monitoramento de fornecedores diretos, considerado o mais avançado do setor.
A JBS se orgulha do papel que desempenhou no desenvolvimento do novo Protocolo de Monitoramento de Fornecedores, e acredita que a sua implementação deverá ter um impacto positivo significativo que visa fortalecer os compromissos socioambientais do setor produtivo da carne bovina brasileira.