Nesta semana, o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, participou de uma série de eventos estratégicos que reuniram lideranças para discutir temas voltados para ESG e agronegócio.
No dia 2 de agosto, Tomazoni marcou presença no 20º Congresso Brasileiro do Agronegócio (CBA), realizado pela Abag e B3. O evento já faz parte da agenda dos principais formadores de opinião e dos executivos que atuam no agronegócio brasileiro. Nesta edição do evento, que foi online, Tomazoni fez parte do painel sobre Energia Limpa e Sustentável. “Sustentabilidade não é mais parte da estratégia da JBS, mas é a estratégia em si. Olhamos os investimentos com base nela. Todo o poder está nas mãos do consumidor, que utiliza o que está sendo produzido. Daí a mudança do portfólio para produtos de baixo carbono”, afirmou. Ele ressaltou como a mudança climática está afetando a vida e a produção agrícola e como o Brasil tem um grande potencial para acelerar esse processo de mudança positiva no agronegócio.
Em 3 de agosto, Tomazoni foi um dos palestrantes do primeiro fórum para lideranças empresariais do Grupo de Lideranças Empresariais de Santa Catarina (LIDE SC). Foram quatro painéis com assuntos sobre os “Riscos e oportunidades do ESG”.
No dia seguinte (4), ele esteve no “Fechando o Ciclo de Ambição com a Corrida ao Zero no Brasil”, realizado pela Embaixada Britânica no país, em parceria com Ação Climática da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. O encontro contou com a participação de Alok Sharma, presidente designado da COP 26 – 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a ser realizada em Glasgow, de 31 de outubro a 12 de novembro deste ano. Também estiveram presentes representantes de empresas, cidades e estados comprometidos com a Race to Zero (Corrida ao Zero: campanha global para reunir lideranças em busca de emissões líquidas de carbono zero até 2050), como a JBS.
Em sessão privada de empresários e representantes do poder público com Sharma, Tomazoni destacou que o agronegócio brasileiro é parte da solução climática. “Se o principal desafio que enfrentamos é como abastecer a crescente população mundial de itens vitais – como alimentos, energia e roupas –, sem sacrificar ainda mais o nosso planeta, o papel do Brasil é crucial! Somos um dos poucos países do mundo capazes de produzir e preservar ao mesmo tempo”, disse. O executivo reconheceu, porém, que o país ainda tem muito a aprimorar na agenda frente ao aquecimento global.
Ao ser indagado sobre qual ação estratégica poderia ser alavancada pela COP 26, o CEO da JBS defendeu que o evento global deveria “reconhecer que a agricultura brasileira é parte da solução climática e dar voz a esse setor em Glasgow. Todos teriam muito a ganhar com isso”. Isso porque, na visão dele, é preciso alavancar a agricultura regenerativa. “Já existem soluções no campo para ampliar a produção e sequestrar carbono. Temos de dar escala a essas iniciativas e investir em novas tecnologias para seguir avançando”. Justamente por isso, seria importante promover esse debate na cúpula climática, focado no que o setor privado brasileiro já vem fazendo pelo planeta.
Tomazoni afirmou ainda que a JBS está engajada nesse tema, investindo em pesquisa e desenvolvimento para desenvolver soluções sustentáveis para a agricultura, como parte de seu compromisso de ser Net Zero até 2040, ou seja, de zerar seu balanço líquido de emissões de gases de efeito estufa. A companhia vai considerar as emissões de toda a sua cadeia de valor e será agente indutor dessa transformação junto a seus fornecedores, parceiros e consumidores.
A respeito da Corrida ao Zero, Tomazoni afirmou que não se trata de uma disputa entre países, nem entre empresas, mas sim, contra o aquecimento global e pela vida. “Não há pódio de chegada. Ou todos vencem, ou todos perdem”, concluiu.
O encontro contou com a participação de prefeitos, secretários e governadores de estados e municípios comprometidos com o Race to Zero, e também de Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).