Com o tema “Como a indústria do couro pode fazer uso da ciência e de dados para aprimorar sua imagem?”, o evento contou com a participação de especialistas mundiais do segmento
A JBS Couros, representada por seu gerente de sustentabilidade, Kim Sena, marcou presença em um webinar da plataforma de mídia ILM (International Leather Maker) sobre “como a indústria do couro usa dados e tecnologia para melhorar e manter uma boa imagem”.
Além de Kim Sena, Yoann Regent, especialista em biodiversidade e bem-estar animal nos programas de sustentabilidade do grupo Kering (holding francesa especializada em artigos de luxo), Dr. Sascha Dietrich, diretor de testes do setor de laboratório da FILK (Instituto de Pesquisa alemão), e Michael Meyes, diretor científico e geral da FILK, compartilharam suas experiências e visões sobre o setor.
O webinar foi iniciado com os profissionais da FILK apresentando as principais diferenças entre o couro e materiais sintéticos, com um forte argumento sobre a diferença estrutural dos materiais quando vistos por um microscópio: com relação às fibras, o couro é muito mais resistente. Além disso, eles ressaltaram que algumas propriedades de certos materiais se aproximam ou até atingem a funcionalidade do couro, mas não possuem todas as propriedades e funções necessárias para assegurar a qualidade do produto.
Em seguida, Kim Sena falou sobre a importância do LCA (Life Cycle Assessment – Avaliação do Ciclo de Vida) e as posições do couro Kind Leather no Higg Index (índice global voltado para a sustentabilidade da indústria da moda). Com os gráficos do Higg Index, ele mostrou os benefícios do Kind Leather com relação a outros materiais e ao couro convencional e falou sobre o aproveitamento da pele que, depois de tiradas as imperfeições (destinadas a outras indústrias), tem significativa mudança de aproveitamento, podendo render muito mais.
O executivo também falou sobre a importância de se atentar ao ciclo de vida dos produtos. “Devemos levar em conta, além do processo produtivo, o tempo de descarte e decomposição do material que, no caso do couro, dura mais do que materiais sintéticos e, como é um material natural, decompõe-se mais facilmente no meio ambiente caso seja necessário descartá-lo. “Temos investido fortemente na avaliação científica dos reais impactos ambientais do couro e como podemos continuamente evoluir e posicioná-lo como um material natural e moderno, que se comunica com as demandas globais por produtos mais sustentáveis. Por isso, é nossa obrigação compartilhar nossos aprendizados com todos da indústria, promovendo um ambiente colaborativo que só tem a agregar para o planeta”, disse ele.
O webinar foi encerrado com o especialista em bem-estar animal da Kering falando sobre como ele realiza projetos inovadores de cadeias de fornecimento de materiais que atendam a padrões elevados de conservação ambiental, biodiversidade e respeito ao bem-estar animal, além de ressaltar a importância dessa etapa da cadeia de produção.