Em relação ao relatório publicado pela Global Witness, a JBS esclarece que, após uma revisão minuciosa sobre cada um dos 327 casos apontados pela ONG, a companhia concluiu que houve falhas críticas na metodologia de análise da Global Witness. Conforme pode ser observado no detalhamento a seguir, em todos os casos citados, a JBS seguiu estritamente aquilo que está pactuado com o Ministério Público Federal (MPF) no Protocolo de Monitoramento de Fornecedores de Gado (confira aqui). Esse pacto, que tem a JBS como um de seus codesenvolvedores, formalizou em grande parte as práticas que já vinham sendo aplicadas em anos anteriores pelo setor, com anuência do MPF.
Assim, na revisão realizada, a JBS constatou que:
- 40% dos casos apontados pela ONG estavam, no momento da compra do gado por parte da JBS, com seus processos de regularização ambiental estabelecidos e firmados junto à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS-PA), fato que é reconhecido pela própria Global Witness. É importante salientar que o Protocolo de Monitoramento de Fornecedores de Gado estabelece que propriedades que estejam em processo de regularização ambiental estão aptas para a negociação de animais. (Vide item 3 da página 14). Assim, as compras realizadas pela JBS destas propriedades estavam estritamente de acordo com o estabelecido no protocolo.
- 22% dos casos foram analisados de maneira incorreta pela Global Witness com relação à sobreposição de polígonos de desmatamento do sistema PRODES. Gerenciado pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), o sistema PRODES realiza o monitoramento por satélites do desmatamento na Amazônia Legal desde 1988. De acordo com o INPE, “a área mínima mapeada pelo PRODES é de 6,25 hectares” (PRODES — Coordenação-Geral de Observação da Terra (inpe.br). É por isso que o protocolo do MPF considera inaptas para a comercialização as propriedades que possuem sobreposição superiores a 6,25 hectares para análise de desmatamento. A Global Witness equivocadamente considerou áreas de sobreposições inferiores ao estabelecido. É a partir do cruzamento dos polígonos de desmatamento do PRODES com o mapa das propriedades que a JBS verifica se as fazendas possuem ou não áreas de desmatamento e, portanto, se estão ou não aprovadas para comercialização de gado. Para entender o porquê desse limite mínimo de 6,25 hectares, confira a Nota Técnica 1 disponível no Protocolo de Monitoramento de Fornecedores de Gado da Amazônia (Vide página 30).
- 27% dos casos são de propriedades que, no ato da compra de gado por parte da JBS, estavam regulares no que diz respeito aos compromissos firmados. Porém, nesses casos, a Global Witness baseou suas análises em mapas de datas diferentes ao da nossa compra. Desse modo, o resultado da verificação pode não refletir a situação ambiental da propriedade no dia em que o gado foi adquirido. A JBS, cumprindo o protocolo do MPF, faz a verificação no ato da compra.
- Em 6% dos casos, a JBS não executou as compras analisadas pela Global Witness, cujo levantamento foi feito a partir das Guias de Trânsito Animal (GTAs) emitidas. Quando o produtor vai transportar gado para a JBS ou outra empresa do setor, ele deve emitir uma GTA. No entanto, por inúmeras razões, o comprador ou vendedor pode cancelar a compra posteriormente. Nesse caso, o produtor deveria cancelar também a GTA, mas muitas vezes não o faz. A JBS, a exemplo das demais empresas do setor, não tem o poder de cancelar as GTAs – só o produtor pode fazê-lo. No entanto, a Global Witness baseou suas análises unicamente nas GTAs emitidas.
- Os 5% de casos restantes referem-se a outras situações em que a Global Witness levou em consideração metodologias e critérios de análise diferentes daqueles previstos no Protocolo de Monitoramento de Fornecedores do MPF. Em alguns desses casos, por exemplo, a ONG se baseou em desmatamento mapeado pelo PRODES 2008. Porém, pelo protocolo do MPF, devem ser considerados desmatamentos que constam da base PRODES 2009 (Vide infográfico da página 10).
Conclusão
Fica claro, portanto, que a JBS apresentou análise técnica detalhada e justificativas para 100% dos casos apresentados pela Global Witness e que todas as compras mencionadas foram consideradas em conformidade com o Protocolo de Monitoramento de Fornecedores do MPF.
Para conferir o que diz o Protocolo, visite: Boi na Linha.
Já neste site – Transparência – Boi na Linha – é possível observar que a JBS é a única empresa do setor que já assinou compromissos socioambientais em todos os estados do Acre, Mato Grosso, Pará e Rondônia. Além disso, a JBS também atestou o atendimento aos compromissos firmados por meio da realização de auditorias independentes que verificaram a regularidade das operações de compra de gado de propriedades localizadas na Amazônia. Isso se deve ao compromisso da empresa em ser um agente que contribui com o desenvolvimento sustentável da Amazônia e do Brasil como um todo.